JOSAFÁ DE ORÓS
( Paraíba – Brasil )
Campina Grande, PB.
Nascimento: 21 de abril de 1965
Atividades artístico-culturais: Sociólogo, artista plástico, poeta, produtor cultural.
O artista plástico Josafá Paulino de Lima, mais conhecido por Josafá de Orós, em referência à cidade onde nasceu no estado do Ceará, em 1965. Mora hoje em dia na cidade de Campina Grande – PB, onde chegou na década de 1970 e reside atualmente. Graduado em Ciências Sociais pela UFPB, Josafá tem como principais atividades as artes plásticas, através da xilogravura, o desenvolvimento de oficinas e palestras nas escolas sobre xilogravura, e da ministração de aulas para crianças e adultos. Também atua na literatura, onde escreveu a crônica: Crônica de uma paixão anunciada: “Jorge, amadona!”, publicou contos e poesias em diversas antologias de nível nacional e internacional. Conquistou dezenas de premiações em nível nacional e é atualmente Embaixador da Palavra, título obtido no ano de 2017 através do Museo de la Palabra e da Fundación Cesar Egido Serrano de Madrid, Espanha.
Ver biografia completa em
https://www.paraibacriativa.com.br
ANTOLOGIA POÉTICA. Sarau Brasil 2016. Concurso Nacional de Novos Poetas. Organização e apresentação Isaac Almeida Ramos. Cabedelo, Paraíba: VIVARA Editora Nacional, 2016. (Série Novos
Poetas no. 19. 446 p. ISBN 978-85-920158-2-1
Ex. bibl. Antonio Miranda
A outra carta a Ilse Blumenthal-Weiss
A R. M. Rilke e aos ciganos
nômades do pensamento e da imaginação)
Hoje novamente eu
assediado e aos pés da mil páginas da poesia
olhos pros olhos de Wera Ouckama Knoop
e me penso chama
flâmula cigana
de vermelho e sangue
chama doida me chama
entre o vestido e os seios
sopros de sede e mel
avoantes mouros
bebo a imaginação e o caos
onde de crista e sal, mar de púbis
nas entranhas do mistério
vou me perder em sua boca
naufragar em palavras inventadas
voar, corcel negro
os seus flancos vazios
os alados pensamentos
de patas fincadas no infinito.
mas meus olhos
névoas mornas são imagens
e são grânulos do deserto
e são víveres sob os pés de viandante berberes
a perderem entre cheiros
e paredes
outros ares, suas asas
noutra torre do castelo de Duíno.
*
VEJA e LEIA outros poetas da PARAÍBA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/paraiba.html
Página publicada em dezembro de 2021
|